"None but ourselves can free our minds." (Bob Marley)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quarto Projecto

A quarta e última proposta de trabalho que nos foi sugerida tinha como tema a infografia. Basicamente tínhamos toda a liberdade na escolha do tema que serviria de base à construção da nossa própria infografia.

Se normalmente é positivo termos “carta branca” relativamente à actividade sugerida, a verdade é que também torna essa tarefa mais complicada a nível de escolha temática. Após uma pesquisa extensiva de exemplos e de possíveis temas a considerar, acabei por decidir optar por um filme de animação que me lembro de ver várias vezes enquanto criança: O Feiticeiro de Oz.

Considerei que esta poderia ser uma boa opção porque poderia transmitir o percurso e a aventura vivida por Dorothy, bem como caracterizar as próprias personagens que ela foi conhecendo ao longo da sua aventura por Oz.

Ao realizar a pesquisa apercebi-me da necessidade de montagem de várias imagens para conseguir criar o cenário que inicialmente tinha delineado. Assim, após ter as imagens necessárias comecei o trabalho no Photoshop e Freehand, que foi obviamente a tarefa mais demorosa e que exigiu maior dedicação.

A nível de cor decidi colocar o fundo com tons neutros e alguma transparência de forma a que os elementos pretendidos se destacassem com maior facilidade. Assim deixei a cor o titulo, Oz, a estrada de tijolos amarelos e as personagens.

No lado direito resolvi adicionar um outro elemento da história, o furacão que levou Dorothy e a sua casa até à cidade de Oz. Pareceu-me que este era um importante episódio da história e que o próprio elemento, após algum trabalho, se inseriu bem no contexto da imagem.

Sendo uma infografia e estando esta a representar uma história foi necessário explicar o seu conteúdo, apesar de este ser evidente a qualquer pessoa que conheça o conto infantil. Acrescentei assim uma caixa de texto com um breve resumo da obra, e uma simples imagem que representa os famosos sapatinhos vermelhos de Dorothy. Foi ainda necessário colocar algumas caixas de texto explicativas na imagem, para que esta transmitisse mais facilmente a ideia de infografia e se tornasse mais fácil de “ler”.

Após ter o trabalho terminado decidi fazer uma outra versão da infografia, desta vez com um design um pouco mais moderno e simplista. O tema principal foi o mesmo, mas acabei por recorrer a mais informação e a conjugar as ideias de uma outra forma.

Foi, mais uma vez, um projecto bastante desafiante e que me permitiu desenvolver algumas capacidades criativas, bem como me fez perceber que um mesmo tema pode, de facto, ser interpretado a nível de design de forma completamente diferente.  
Imagem inicial

Primeira Infografia

Segunda Infografia

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Infografia

As infografias são representações gráficas de informação. Esses gráficos são utilizados quando a informação precisa de ser explicada de forma mais dinâmica, como em mapas, no meio jornalístico, manuais, entre muitos outros exemplos. É um recurso muitas vezes complexo, podendo-se utilizar graças à combinação da fotografia, desenho e texto. O principal objectivo é enriquecer determinada informação, determinado assunto com imagens.

No design de jornais, por exemplo, a infografia costuma ser utilizada para descrever como aconteceu determinado facto, que o texto ou a foto não consegue explicar com a mesma eficiência.

A infografia tem as suas raízes na pré-história considerando os primeiros mapas que surgiram muito antes da escrita. Os estudos de Leonardo Da Vinci sobre os embriões e de Charles Minard sobre a Marcha de Napoleão sobre Moscovo são consideradas grandes obras já infograficamente falando, pela utilização de mapas e desenhos ilustrativos com que a informação é transmitida.

Uma das infografias mais conhecidas de sempre é o mapa do metro de Londres de Harry Beck em 1933. A infografia conheceu uma grande evolução durante a Primeira Guerra do Golfo, devido à escassez de imagens. Hoje em dia é parte integrante do jornalismo, online e impresso.











segunda-feira, 18 de abril de 2011

Terceiro Projecto

A terceira proposta de trabalho que nos foi sugerida tinha como tema, a cor. O objectivo era seleccionar três imagens e com o auxilio do photoshop mudar a cor dessas, no fundo, mudar a sua essência. Assim que me deparei com esta tarefa lembrei-me de imediato de um dos meus filmes preferidos de animação: “Alice in Wonderland”, mais precisamente a recente adaptação de Tim Burton. Para mim este filme vive exactamente da cor, é como se cada personagem fosse definida pela cor predominante que usa, bem como os cenários que primam pela brincadeira de tonalidades, texturas e luz. Por isso mesmo decidi usar imagens deste filme.

Após alguma pesquisa, restringi as imagens a apenas três, e estas representavam, na minha opinião, três das personagens mais marcantes do filme: Mad Hatter (Chapeleiro Louco), White Queen (Rainha Branca) e Red Queen (Rainha Vermelha). A dificuldade esteve na tarefa seguinte, uma vez que o alterar das cores teria de ter algum sentido, optei então por tentar trocar as cores entre as imagens, isto é cada uma destas iria assumir as cores de uma das outras imagens.

Assim, o Mad Hatter, marcado pelo tom verde e o alaranjado, que lhe dão o ar da loucura pela ousadia da cor, passou a tons mais sóbrios, um vermelho e um azul escuro, bem como alguns toques de dourado, inspirado na Red Queen. Esta, por sua vez, marcado por estas cores mais carregadas e um vermelho acentuado que sugere alguma malvadez, mas que em contraste com o dourado nos remete também para uma ideia de realeza, acabou por assumir uma tonalidade mais neutra, inspirada na White Queen. Por ultimo, a White Queen, marcada pelos tons totalmente neutros e simples, que sugerem serenidade e pureza, transformaram-se em cores mais garridas, inspiradas no Mad Hatter.

Ao observarmos o resultado final são perceptíveis diferenças entre os tons e as imagens que as inspiraram, mas a verdade é que é bastante difícil ser totalmente fiel. Considero que o Mad Hatter é provavelmente a personagem melhor conseguida em termos de cor, isto porque os tons não eram tão diferentes comparativamente ao trabalho necessário nos outros dois casos. A Red Queen, devido aos tons fortes e mais escuros da imagem original, tornou impossível a transformação total dessas cores em tons neutros, e o resultado acabou por ser um pouco diferente, mas mesmo assim considero que foi bem conseguido. A White Queen em termos de cor deveria ser a mais fácil de alterar, mas o seu cabelo tornou-se um verdadeiro desafio que continuo com algumas duvidas que tenha sido totalmente superado, por isso mesmo e apesar de gostar do resultado, esta é a imagem que para mim está um pouco menos minuciosa.

Foi, mais uma vez, um desafio bastante interessante porque me permitiu ter uma diferente visão sobre a cor, bem como me permitiu ganhar um pouco mais á vontade com o próprio photoshop. Não digo que tenha sido um trabalho difícil ou de grande complexidade, acima de tudo foi preciso tempo, muita minúcia e uma boa dose de paciência para que tudo ficasse o mais real possível.  


Mad Hatter

Red Queen

White Queen

A cor

A definição de cor é simples e conhecida por muitos: cor é luz. São comprimentos de onda que o olho humano assimila e o cérebro converte em mensagem. Os objectos possuem pigmentos capazes de absorver algumas cores e reflectir outras, e é exactamente a cor reflectida de volta ao olho que o cérebro interpreta e transforma em cor. Um vaso azul, por exemplo, contém pigmentos que retêm todas as cores, excepto o azul que é reflectido e enviado ao olho. Em termos científicos, a explicação resume-se a isso.

Mas cor é muito mais que apenas luz. Cor é informação. Estudando as cores é possível compreender um pouco mais sobre as nossas atitudes, fraquezas, medos, desejos etc. É valido ressaltar que a cor não é um fenómeno físico e sim um fenómeno subjectivo e individual, tendo em vista que um mesmo comprimento de onda pode ser percebido de forma diferente por diferentes pessoas.

Há três cores primárias: o azul ciano, o magenta e o amarelo primário. Chamam-se cores primárias porque são cores puras, ou seja, cores que não se conseguem com a mistura de outras cores.

Também há três cores secundárias: o vermelho-alaranjado, o verde e o violeta. Chamam-se cores secundárias porque se conseguem obter a partir da mistura de duas cores primárias.

As cores quentes, são associadas ao sol e ao fogo: amarelo, laranja e vermelho. As cores frias, são associadas à água, ao gelo, ao céu, e às árvores: violeta, azul e verde. As cores quentes são consideradas excitantes e as cores frias calmantes. O branco é luz e a soma de todas as cores. Preto é ausência de luz e aparentemente não é feita de nenhuma cor.

A cor é um dos elementos mais importantes de qualquer imagem, seja esta fotografada ou desenhada. Com diferentes cores podemos mudar completamente o sentido e o significado de uma imagem, podemos pô-la mais alegre ou mais triste, mais infantil ou mais séria dependendo de qual for a nossa intenção. 













segunda-feira, 4 de abril de 2011

Segundo Projecto

Neste segundo projecto foi-nos proposto representar através de letras, ou seja recorrendo à tipografia, versos de Fernando Pessoa. A ideia era que cada um de nós fizesse a sua interpretação tipográfica das palavras e da própria essência que o autor transmite nas linhas que nos foram indicadas (três estrofes, uma de cada heterónimo).

É verdade que mais uma vez este desafio não foi fácil, no entanto deixou-me bastante entusiasmada. Comecei por delinear algumas ideias, e após decidir o rumo a tomar relativamente a cada uma das estrofes resolvi fazer alguns estudos, manualmente, daquilo que pretendia transmitir. Só depois de realizar algumas tentativas é que resolvi começar a utilizar o freehand. Tive algumas dificuldades inicialmente em trabalhar com o programa, mas após alguma prática e experimentação, a tarefa tornou-se bastante mais fácil.

Comecei por Álvaro de Campos, o mais moderno e vanguardista dos heterónimos, pareceu-me evidente utilizar como inspiração mecanismos, rodas e engrenagens, dado que é exactamente essa a imagem que nos é transmitida pelos versos. Aliada a essa imagem, tentei utilizar fontes mais modernas e com movimento como Bauhaus 93, mas também uma letra com um pouco mais de força como Arial Black. Considero que o resultado final traduz perfeitamente aquilo que leio nas linhas de Campos. A nível de cores utilizei apenas uma variação de preto e cinzas.

Ricardo Reis foi o heterónimo que se seguiu, este com uma base bastante mais clássica e bastante simplista. Neste caso optei por delinear um rosto de uma mulher que com tristeza e saudade recorda a vida com o seu companheiro. Relativamente às fontes, utilizei um tipo de letra um pouco mais clássico e sóbrio, Copperplate Gothic Light e Bernard MT Condensed, de acordo com as características do seu autor. A cor, neste pequeno projecto, é utilizada na nuvem que representa a memória (apenas um azul suave que pretende realçar o rio); e no resto da composição utilizei, mais uma vez, uma variação entre o preto e os cinzas.

Por ultimo Alberto Caeiro, o mais ligado à natureza e sensações. Optei por tentar transmitir a ideia de que a natureza, representada pela árvore, se sobrepõem às vontades e regras humanas, neste caso representado pela terra e seus hemisférios. Esta foi provavelmente a composição que mais trabalho me deu, por ter uma mensagem um pouco mais subjectiva, mas mais uma vez considero que consegui transmitir a mensagem pretendida. A fonte utilizada foi variada, mas a base foi Berlin Sans FB e Arial Black. A nível de cores a utilização foi bastante mais intensa uma vez que foi a forma que encontrei de melhor distinguir os elementos da imagem: o planeta e seus hemisférios em tons cinza, de forma a que o lado da natureza em tons de verde e castanho,  se destaque.

Foi sem duvida um projecto bastante desafiante e que me permitiu ter uma diferente visão sobre as palavras e o seu sentido. Considero que é ainda uma forma bastante peculiar de interpretar e representar o mestre Pessoa.



Álvaro de Campos

Ricardo Reis
Alberto Caeiro







Tipografia

Tipografia é a arte que compreende as várias operações conducentes à impressão dos textos, desde a criação dos caracteres à sua composição e impressão, de modo que resulte num produto gráfico ao mesmo tempo adequado, legível e agradável. O objectivo principal é dar ordem estrutural e é importante porque dá forma à escrita.

No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses factores são combinados para que o layout final tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado.

A verdade é que as letras não são meramente aquilo que é possível observar. É preciso vê-las e interpretá-las, só assim conseguimos perceber o que a tipografia realmente transmite. O tipo de letra utilizado pode-nos transmitir muito mais que a identificação da letra., pode-nos indicar a própria personalidade desta e, consequentemente, a personalidade de quem a escreve e/ou publica.

Abaixo apresento alguns exemplos de tipografia que fui encontrando ao longo da pesquisa e que acabaram por me inspirar na realização do segundo projecto.









segunda-feira, 21 de março de 2011

Primeiro Projecto - Resultado Final

Na primeira proposta da disciplina de Design de Comunicação Visual foi-nos sugerido seleccionar uma música e, posteriormente, interpreta-la e representa-la visualmente, recorrendo aos elementos básicos e às técnicas de comunicação visual. Simplificando, o objectivo era criar a capa e o próprio desenho do CD. Tal como já havíamos referido em mensagens anteriores, a musica pela qual optamos foi “No woman no cry” de Bob Marley porque consideramos que seria um bom desafio e também porque ambas gostamos imenso desta música.

A verdade é que tivemos alguma dificuldade em traduzir aquilo que gostaríamos e aquilo que a musica representava para nós numa composição visual, mas após algumas tentativas chegamos a um resultado que apesar de não considerarmos perfeito, traduz o essencial.

Em relação à imagem, o fundo preto desta imagem, pretende remeter automaticamente para a escuridão da noite, os pontos luminosos no cimo da imagem, representam estrelas, tendo portanto o mesmo objectivo do elemento anterior (dar a ideia de um céu nocturno).

Como elemento fulcral desta composição, se bem que não colocado no centro da imagem, temos dois olhos de uma mulher que chora. Este olhar, vago e triste, vertendo uma lágrima, pretende ilustrar essencialmente o titulo, que é a tese da canção.

Por sua vez, é a imagem abaixo que recebe a atenção do observador primeiramente, devido à sua cor que também contrasta com a imagem acima. Tal facto, previamente pensado por ambas. Isto porque, segundo a nossa interpretação da letra escolhida, esta pretende transmitir uma mensagem que passa pelo fim da tristeza sentida, através da recordação de um passado feliz. O facto deste momento se encontrar em destaque, justifica-se pelo nosso entendimento da mensagem. Isto é, para nós, é importante que os momentos felizes vividos no passado, sejam relevantes ao ponto de serem realçados perante um momento de tristeza (como o vivido pela mulher que chora - representado na imagem a cima). Tal como refere o titulo “No woman no cry”.

Relativamente aos elementos e técnicas da comunicação visual, também se torna fácil identifica-los. Começamos logo pela unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima” (DONDIS,1991), o ponto, representado pelas pequenas estrelas no céu. Podemos também falar no elemento cor, que apesar de ser bastante neutra acaba por permitir realçar a fogueira e a lagrima de uma forma mais subtil. No caso da dimensão da lágrima e dos olhos relativamente ao resto da imagem, também se deve referir o elemento escala.

As técnicas presentes na imagem são também variadas, podemos falar em equilíbrio e planura e em simultâneo em espontaneidade, porque consideramos que os elementos incluídos na imagem podem não ter uma relação obvia e esperada. A imagem tem um misto de duas técnicas que normalmente se opõem: a opacidade e a transparência, a opacidade presente na área da fogueiras e das silhuetas, e a transparência através do olhar e da lagrima. Podemos também falar de distorção, isto porque aplicamos alguma manipulação da realidade; bem como de difusão, isto porque a imagem não é clara, ou seja a sua interpretação não é facilitada porque prima pelo sentimento e pela imaginação. Consideramos que poderá ser ainda possível falar em episodicidade, isto porque é poissivel falar em elementos distintos dentro da propria imagem e que à primeira vista podem sugerir alguma desconexão ou conexões muito frágeis, “é uma técnica que reforça a qualidade individual das partes do todo, sem abandonar por completo o significado maior.” (DONDIS, 1991).

Foi um projecto que nos deu bastante prazer realizar porque nos permitiu ter toda a liberdade e usar a imaginação e criatividade. Admitimos que a nível técnico possam existir algumas falhas, mas a verdade é que não estamos habituadas a trabalhar com o photoshop. Apesar dos desafios e de algumas dificuldades, consideramos o resultado final bastante satisfatório. O nosso objectivo era fazer transparecer a ideia chave da musica, bem como as palavras seleccionadas e na nossa opinião isso foi conseguido.

Ana Pedro Arriscado
Teresa Teixeira


Imagem final




domingo, 20 de março de 2011

Memória descritiva individual

A imagem pela qual optei faz parte de uma campanha publicitária da marca Benetton e nesta é fácil identificar algumas das técnicas e dos elementos básicos da comunicação visual das quais falamos. Escolhi esta imagem porque sempre considerei as campanhas desta marca bastante persuasivas e que marcam, normalmente, pela diferença. Esta fotografia em particular captou a minha atenção assim que a vi em revistas e cartazes pela cidade, a brincadeira de cores e texturas e a própria expressão das modelos cativam o olhar.

Os elementos presentes são, como já referi, variados e alguns deles bastante evidentes como é o caso do tom/tonalidade, que surge entre a luz e a obscuridade e permite exprimir a dimensão das coisas. Um outro elemento básico da comunicação essencial nesta imagem é a cor, provavelmente aquele que maior impacto tem à primeira vista e que acaba por ter maior afinidade com as emoções, entre os cabelos e os diferentes têxteis presentes; juntamente com a textura, elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tacto e que nesta imagem sobressaem pela cor, movimento e sobreposições. O movimento também parece estar presente na imagem, pela posição dos cabelos das modelos, e constitui um outro elemento básico responsável por atribuir dinamismo às figuras e imagens.

Relativamente às técnicas de comunicação visual também é possível verificar a sua presença, podemos falar em instabilidade, isto porque a imagem é marcada pela ausência de equilíbrio e, de uma certa forma, uma formulação visual inquietante e provocadora; a assimetria é também uma técnica facilmente perceptível, bem como a profusão, isto é o acréscimo de detalhes e ornamentos a um design básico com o objectivo de o embelezar, como o caso das cores do cabelo, da maquilhagem e dos tons e sobreposições da própria roupa e acessórios. Uma outra técnica é a ousadia, que tem como principal objectivo captar a atenção de um certo publico, e esta é uma das características que costumo ligar a esta marca, a ousadia em arriscar e tentar obter a máxima visibilidade.

Apesar de considerar que o publico normalmente não se apercebe da presença de elementos e técnicas da comunicação visual, após termos algum conhecimento sobre o tema apercebemo-nos da sua importância na imagem.


 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Técnicas de Comunicação Visual

Tal como o conhecimento dos elementos básicos da comunicação visual é essencial para a sua percepção e boa utilização, também as técnicas visuais têm um papel crucial. Estas oferecem ao designer uma grande variedade de meios para a expressão visual do conteúdo.
Seria impossível enumerar todas as técnicas disponíveis, ou, se o fizéssemos, dar-lhes definições consistentes. Contudo, tendo em conta as limitações, cada técnica e seu oposto podem ser definidos em termos de uma polaridade.

Equilibrio/Instabilidade
Depois do contraste, o equilíbrio é o elemento mais importante das técnicas visuais.O equilíbrio é uma estratégia de design em que existe um centro de suspensão a meio caminho entre dois pesos. A instabilidade  é a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquietante e provocadora.


Equilibrio

Instabilidade 
Simetria/Assimetria
O equilíbrio pode ser obtido numa manifestação visual de duas maneiras: simétrica e assimetricamente.Simetria é uma formulação visual totalmente resolvida, em que cada unidade situada de um lado de uma linha central é rigorosamente repetida do outro lado. Assimetria é exactamente o oposto.

Simetria
Assimetria
Regularidade/Irregularidade
A regularidade no design constitui o favorecimento da uniformidade dos elementos, e o desenvolvimento de uma ordem baseada em algum princípio ou método constante e invariável. Seu oposto é a irregularidade, que, enquanto estratégia de design, enfatiza o inesperado e o insólito, sem ajustar-se a nenhum plano decifrável.

Regularidade 
Irregularidade
Simplicidade/Complexidade
A ordem contribui enormemente para a síntese visual da simplicidade, uma técnica visual que envolve a imediatez e a uniformidade da forma elementar, livre de complicações ou elaborações secundárias. A sua formulação visual oposta, a complexidade, compreende uma complexidade visual constituída por inúmeras unidades e forças elementares, e resulta num difícil processo de organização do significado no âmbito de um determinado padrão.

Simplicidade 
Complexidade
Unidade/Fragmentação
A unidade é um equilíbrio adequado de elementos diversos numa totalidade que se percebe visualmente. A fragmentação é a decomposição dos elementos e unidades de um design em partes separadas, que se relacionam entre si mas conservam o seu carácter individual.
Unidade
Fragmentação
Economia/Profusão
A presença de unidades mínimas de meios de comunicação visual é típica da técnica da economia, que contrasta de muitas maneiras com o seu oposto, a técnica da profusão. A economia é uma organização visual parcimoniosa e sensata na sua utilização dos elementos. A profusão é carregada em direcção a acréscimos discursivos infinitamente detalhados a um design básico, os quais, em termos ideais, atenuam e embelezam através da ornamentação.

Economia
Profusão
Minimização/Exagero
A minimização é uma abordagem muito abrandada, que procura obter do observador a máxima resposta a partir de elementos mínimos. O exagero deve recorrer a um relato profuso e extravagante, ampliando a sua expressividade para muito além da verdade, na sua tentativa de intensificar e amplificar.

Minimização
Exagero
Previsibilidade/Espontaneidade
A previsibilidade sugere, enquanto técnica visual, alguma ordem ou plano extremamente convencional. Seja através da experiência, da observação ou da razão, é preciso ser capaz de prever de antemão como vai ser toda a mensagem visual, e fazê-lo com base num mínimo de informação. A espontaneidade, por outro lado, caracteriza-se por uma falta aparente de planejamento. É uma técnica saturada de emoção, impulsiva e livre.

Previsibilidade
Espontaneidade
Actividade/Estase
A actividade como técnica visual deve reflectir o movimento através da representação ou da sugestão. A postura enérgica e estimulante de uma técnica visual activa vê-se profundamente modificada na força imóvel da técnica de representação estática, a qual, através do equilíbrio absoluto, apresenta um efeito de repouso e tranquilidade.

Actividade
Estase
Subtileza/Ousadia
Numa mensagem visual, a sutileza é a técnica que escolheríamos para estabelecer uma distinção apurada, que fugisse a toda obviedade e firmeza de propósito. A ousadia é, por sua própria natureza, uma técnica visual óbvia, o seu objectivo é obter a máxima visibilidade.

Subtileza
Ousadia
Neutralidade/Ênfase
Um design que parecesse neutro seria, em termos, quase uma contradição, mas na verdade há ocasiões em que a configuração menos provocadora de uma manifestação visual pode ser o procedimento mais eficaz para vencer a resistência do observador, e mesmo a sua beligerância. Muito pouco da atmosfera de neutralidade é perturbada pela técnica da ênfase, em que se realça apenas uma coisa contra um fundo em que predomina a uniformidade.

Neutralidade
Ênfase
Transparência/Opacidade
As polaridades técnicas de transparência e opacidade definem-se mutuamente em termos físicos: a primeira envolve detalhes visuais através dos quais se pode ver, de tal modo que o que lhes fica atrás também nos é revelado aos olhos; a segunda é exactamente o contrário, ou seja, o bloqueio total, o ocultamento dos elementos que são visualmente substituídos.

Transparência
Opacidade
Estabilidade/Variação
A estabilidade é a técnica que expressa a compatibilidade visual e desenvolve uma composição dominada por uma abordagem temática uniforme e coerente. Se a estratégia da mensagem exige mudanças e elaborações, a técnica da variação oferece diversidade e sortimento. Na composição visual, contudo, essa técnica reflecte o uso da variação na composição musical, no sentido de que as mutações são controladas por um tema dominante.

Estabilidade
Variação
Exactidão/Distorção
A exactidão é a técnica natural da câmera, a opção do artista, é o modelo do realismo nas artes visuais. A distorção adultera o realismo, procurando controlar seus efeitos através do desvio da forma regular (muitas vezes através da manipulação), e, em alguns outros casos, até mesmo da forma verdadeira. 

Exactidão 
Distorção
Planura/Profundidade
Essas duas técnicas são basicamente regidas pelo uso ou pela ausência de perspectiva, e são intensificadas pela reprodução da informação ambiental através da imitação dos efeitos de luz e sombra, característicos do claro-escuro, com o objetivo de sugerir ou de eliminar a aparência natural de dimensão.

Planura
Profundidade
Singularidade/Justaposição
A singularidade equivale a focalizar, numa composição, um tema isolado e independente, que não conta com o apoio de quaisquer outros estímulos visuais, tanto particulares quanto gerais. A mais forte característica dessa técnica é a transmissão de um ênfase específico. A justaposição exprime a interacção de estímulos visuais, colocando, como faz, duas sugestões lado a lado e activando a comparação das relações que se estabelecem entre elas.

Singularidade
Justaposição
Sequencialidade/Acaso
No design, uma ordenação sequencial baseia-se na resposta compositiva a um projeto de representação que se dispõe numa ordem lógica. A ordenação pode seguir uma fórmula qualquer, mas em geral envolve uma série de coisas dispostas segundo um padrão rítmico. Uma técnica casual deve sugerir uma ausência de planejamento, uma desorganização intencional ou a apresentação acidental da informação visual.

Sequencialidade
Acaso
Agudeza/Difusão
A agudeza como técnica visual está estreitamente ligada à clareza do estado físico e à clareza de expressão. Através da precisão e do uso de contornos rígidos, o efeito final é claro e fácil de interpretar. A difusão é suave, preocupa-se menos com a precisão e mais com a criação de uma atmosfera de sentimento e calor.

Agudeza
Difusão
Repetição/Episodicidade
A repetição corresponde às conexões visuais ininterruptas que têm importância especial em qualquer manifestação visual unificada. As técnicas episódicas indicam, na expressão visual, a desconexão, ou, pelo menos, apontam para a existência de conexões muito frágeis. É uma técnica que reforça a qualidade individual das partes do todo, sem abandonar por completo o significado maior.

Repetição
Episodicidade
Estas técnicas são apenas alguns dos muitos possíveis modificadores de informação que se encontram à disposição do designer. Muitas outras técnicas visuais podem ser exploradas, descobertas e empregadas na composição visual de elementos.

Mais  uma vez toda a informação foi retirada da obra"Sintaxe da linguagem visual" de Donis A . Dondis.